María José Climent Mondéjar y Armando Cano Redondo
Lojas como galeria de arte: arte e artesanato em pequenas lojas espanholas nas décadas de 1950 e 1960
Na compacta cidade mediterrânea, os pequenos negócios aproveitam as calçadas. Pelos olhos de Louis Aragon ou Walter Benjamin, o cotidiano do flâneur e seu habitat eram elevados à categoria artística, e os mercadores observavam com interesse os benefícios econômicos que essa nova realidade descoberta por artistas e filósofos poderia lhes trazer. As vitrines e fachadas passaram a ser um show, uma forma de expressão que ia além da função de expor o produto à venda, onde também acontecia a exibição de peças artísticas. A rua do Mediterrâneo adquiriu o estatuto de galeria comercial, mas também de galeria de arte.
Este trabalho estuda a colaboração entre arquitectos, artistas e artesãos em estabelecimentos comerciais espanhóis nas décadas de 1950 e 1960. Estes pequenos
espaços, quase todos desaparecidos, foram fundamentais na difusão da modernidade ao nível da rua. Uma modernidade ligada à intelectualidade artística contemporânea que se manifesta no ambiente arquitetônico através da integração de peças artísticas e também ampliando essa dialética com o artesanato herdado da tradição mediterrânea.
espacios, casi todos desaparecidos, resultaron fundamentales en la difusión a pie de calle de la modernidad. Una modernidad vinculada a la intelectualidad artística coetánea manifestada en el medio arquitectónico mediante la integración de piezas artísticas y también ampliando esta dialéctica con trabajos artesanales herederos de la tradición mediterránea.