Francisco Javier Sáenz Guerra
Três apátridas no Mediterrâneo: Erwin Broner, J. LI. Sert e Sáenz de Oíza
Interpretemos o quadro La Masía (1924) de J. Miró, expressão de uma simultaneidade (I. Calvino), patente no Mediterrâneo. Vamos escolher três arquitectos dedicados a este Mar: Broner, Sert e Oíza.
Observaremos a casa Broner (DaltVila 1960, Ibiza), uma síntese de uma educação híbrida. Você projetará móveis feitos à mão aqui, para sua imersão na serialização bauhasiana.
Em DaltVila (1960), a casa de Sert, sua primeira casa de Ibiza, abre uma janela, um enquadramento racionalista, para o mundo de Ibiza, um olhar lecorbusiano. Outras casas, Punta Martinet, vão fechá-lo, imersão em um mundo próprio, o mundo de Ibiza do Eterno Presente (S. Giedion).
A casa Huarte, (Maiorca, 1968), de Oíza, Terceira Geração, contém – mundo interior- a Natureza. Conhecedor de Broner e Sert, portanto, da Arca do Século XX, ele toma a árvore como animal doméstico, sobreposta ao azul safira do mar, meio parecido com o fundo. Conecta-se assim com esta pintura, La Masía (Miró), com a qual começamos, que engloba o todo.
Essa sobreposição de gerações do M.M. ocorre, é claro, neste Mediterrâneo, que vai da Origem à Totalidade.